"Depois que aprendeu que autoafirmação é pra quem não se tem, via poesia em cada detalhe."
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Porque tu sabes que é de poesia, minha vida secreta..
Como diria Clarice: várias faces do mesmo eu..
"Estou encolhida no canto da cama. Pensando. Lembrando. Escrevendo.
Os dedos entrelançando os meus. O sangue percorrendo todas, todas, todas as veias e eu me sentindo quente. Não cabia mais dentro da roupa. E o cabelo não queria ficar preso. Vontade de sorrir. De sorrir porque me sentia bem. Porque me sentia completa. Completa com os meus sentimentos.
Sentia os músculos dos braços apertarem com delicadeza. E sentia o cheiro.
Sentia-me livre. E sentia vontade de sorrir.
Colei no corpo e senti o coração pulsar. Movimentava os dedos. Passeava pelo corpo com as mãos sentindo os ossos, a carne, os pêlos, e os arrepios que isso me causava. Mas desprendia rápido.
Quando pensava em dizer alguma coisa, engolia todas as palavras; e só cuspia o ponto final.
E senti que era feliz. Assim. Exatamente assim. Sem dizer nada. Sem ferir. Sem ter nãos, sem ter esperas, sem me sentir uma boba. Sem confundir.
Os dedos entrelançando os meus. O sangue percorrendo todas, todas, todas as veias e eu me sentindo quente. Não cabia mais dentro da roupa. E o cabelo não queria ficar preso. Vontade de sorrir. De sorrir porque me sentia bem. Porque me sentia completa. Completa com os meus sentimentos.
Sentia os músculos dos braços apertarem com delicadeza. E sentia o cheiro.
Sentia-me livre. E sentia vontade de sorrir.
Colei no corpo e senti o coração pulsar. Movimentava os dedos. Passeava pelo corpo com as mãos sentindo os ossos, a carne, os pêlos, e os arrepios que isso me causava. Mas desprendia rápido.
Quando pensava em dizer alguma coisa, engolia todas as palavras; e só cuspia o ponto final.
E senti que era feliz. Assim. Exatamente assim. Sem dizer nada. Sem ferir. Sem ter nãos, sem ter esperas, sem me sentir uma boba. Sem confundir.
E principalmente, me senti feliz porque voltei a sentir todos os dedos entrelaçarem os meus sem dor."
"A gente sempre procura um amor que dure o mais possível. Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Esse espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não agüenta o fato de estar sozinho. Eu me sinto superfeliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu."
(Caio F. Abreu)
"Me escreva uma carta sem remetente
Só o necessário e se está contente
Tente lembrar quais eram os planos
Se nada mudou com o passar dos anos
E me pergunte o que será do nosso amor?
Descreva pra mim sua latitude
Que eu tento te achar no mapa-múndi
Ponha um pouco de delicadeza
No que escrever e onde quer que me esqueças
E me pergunte o que será do nosso amor?" ♪
(Thiado Pethit)
"Tudo que sabemos a respeito do amor é inacabado. A cada pretensa linha de chegada, o nosso entendimento se depara com uma nova linha de partida. A cada porta atravessada, encontramos mais à frente uma outra para ser aberta. Fonte inesgotável de vida, o amor é um caminho que clareia, progressivamente, à medida em que o percorremos. É como se cada passo nosso descortinasse um pouco mais da sua luz. A jornada é feita de dádivas e alegrias, mas também de imprevistos, embaraços, inabilidades, lições de toda espécie. De vez em quando tropeçamos nos trechos mais acidentados. Depois levantamos e prosseguimos: o chamado do amor é irrecusável para a alma. Desistir dele para ela, é como desistir de respirar."
(Ana Jácomo)
"Foi do jeito que havia planejado. que queria.
teve os sonhos que desejava.
recheados de rendas, cheiros e intimidades.
- fica fácil sonhar quando é real. é como se fosse a continuação da realidade. a vontade de permanecer sentindo...
ela se doava, enquanto era reafirmada. desejada.
e também tinha sonhos. todas as noites."
teve os sonhos que desejava.
recheados de rendas, cheiros e intimidades.
- fica fácil sonhar quando é real. é como se fosse a continuação da realidade. a vontade de permanecer sentindo...
ela se doava, enquanto era reafirmada. desejada.
e também tinha sonhos. todas as noites."
"Sobre o que está anotado na parede da alma:
Caio Fernando Abreu - minha paixão, mais que declarada.
Caio Fernando Abreu - minha paixão, mais que declarada.
Clarice Lispector - minha musa, mais que inspiradora.
Música e suas vertentes - meu refúgio, mais que necessário.
Sorrisos - meus preferidos, mais que certos.
Olhares - minhas tentações, mais que deliciosas.
Arrepios - os meus, mais que indispensáveis.
Detalhes - meus, e de mais ninguém."
uma música: white lies - death
uma cor: preto
um sentimento: o que o toque desperta
uma hora: 21:00h
um filme: v for vendetta
um livro: o mar de monstros
uma palavra: desatino
um fragmento: renda
um pensamento: o que encontra
um desejo: aproveitar sempre
uma vibração: positiva
um ponto de vista: de fora
um fato: um beijo.
tudo concomitantemente.
uma cor: preto
um sentimento: o que o toque desperta
uma hora: 21:00h
um filme: v for vendetta
um livro: o mar de monstros
uma palavra: desatino
um fragmento: renda
um pensamento: o que encontra
um desejo: aproveitar sempre
uma vibração: positiva
um ponto de vista: de fora
um fato: um beijo.
tudo concomitantemente.
"Porque hoje, tudo o que vinha de dentro dela tinha uma cor diferente. especial.
E brilhava. brilhava pra quem quisesse ver.
E brilhava. brilhava pra quem quisesse ver.
Sem ofuscar, claro. daquelas coisas que são bonitas naturalmente.
E, que despertam aquelas sensações tão dignas de se sentir.
Encheu o peito com trezentos mil suspiros. e foi feliz.
Encheu o peito com trezentos mil suspiros. e foi feliz.
Um beijo, cem beijos."
"Tudo vai, tudo volta, eternamente gira a roda do ser. tudo morre, tudo refloresce,
eternamente transcorre o ano do ser. tudo se desfaz, tudo é refeito, eternamente constrói-se a mesma casa do ser. tudo se separa, tudo volta a se encontrar, eternamente fiel a si mesmo permanece o anel do ser.
em cada instante começa o ser, em torno de todo o "aqui"
rola a bola "acolá ".
o meio está em toda parte.
curvo é o caminho da eternidade."
(Nietzsche)
eternamente transcorre o ano do ser. tudo se desfaz, tudo é refeito, eternamente constrói-se a mesma casa do ser. tudo se separa, tudo volta a se encontrar, eternamente fiel a si mesmo permanece o anel do ser.
em cada instante começa o ser, em torno de todo o "aqui"
rola a bola "acolá ".
o meio está em toda parte.
curvo é o caminho da eternidade."
(Nietzsche)
"..Ela sorriu, então um dos cantos da boca ergueu-se fazendo subir também uma das sobrancelhas, enquanto o olho quase fechava, embora brilhasse mais intenso assim, por entre as pálpebras meio inchadas, quase invisível. tinha um pouco de criança quando sorria desse jeito. e de demônio. demônio astuto.."
(Caio F. Abreu)
"inexplicável incomparável inquientante intenso implícito inigualável incrível imenso intrínseco instigante interessante iluminado inebriante incalculável impressionante insubstituível importante inteligente incontestável impróprio interligado inesgotável incessante indivisível íntimo reticências.."
"É que as surpresas plantadas no caminho que ela escolheu,
a faziam querer correr correr correr.
para olhar tudo, para sentir tudo, para ganhar tudo.
e era por isso que ela gostava daqueles (a)braços. os apertados.
porque era ali. era ali que ela encontrava tudo o que tinha de mais bonito na trilha.
e pedalava, corria, seguia. sem olhar para trás."
a faziam querer correr correr correr.
para olhar tudo, para sentir tudo, para ganhar tudo.
e era por isso que ela gostava daqueles (a)braços. os apertados.
porque era ali. era ali que ela encontrava tudo o que tinha de mais bonito na trilha.
e pedalava, corria, seguia. sem olhar para trás."
"Meu coração é um álbum de retratos tão antigos que suas faces mal se adivinham. roídas de traça, amareladas de tempo, faces desfeitas, imóveis, cristalizadas em poses rígidas para o fotógrafo invisível. este apertava os olhos quando sorria. Aquela tinha um jeito peculiar de inclinar a cabeça. eu viro as folhas, o pó resta nos dedos, o vento sopra.
meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.
meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.
meu coração não tem forma, apenas som. um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. couro negro, prego e piano.
meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.
meu coração é um traço seco. vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. puro artifício, definitivo.
meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. a brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. a lua cheia brotou do mar. os apaixonados suspiram. e se apaixonam ainda mais.
meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.
meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. rouco, louco.
meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. quem dele provar, será feliz para sempre.
meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. no livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "im too pure for you or anyone". não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.
meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. a platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.
meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. flambado, dourado. pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.
meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.
meu coração é uma planta carnívora morta de fome.
meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!
meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. levam junto quem me ama, me levam junto também.
faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso. acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração teu."
meu coração é um mendigo mais faminto da rua mais miserável.
meu coração é um ideograma desenhado a tinta lavável em papel de seda onde caiu uma gota d’água. olhado assim, de cima, pode ser Wu Wang, a Inocência. mas tão manchado que talvez seja Ming I, o Obscurecimento da Luz. ou qualquer um, ou qualquer outro: indecifrável.
meu coração não tem forma, apenas som. um noturno de Chopin (será o número 5?) em que Jim Morrison colocou uma letra falando em morte, desejo e desamparo, gravado por uma banda punk. couro negro, prego e piano.
meu coração é um bordel gótico em cujos quartos prostituem-se ninfetas decaídas, cafetões sensuais, deusas lésbicas, anões tarados, michês baratos, centauros gays e virgens loucas de todos os sexos.
meu coração é um traço seco. vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. puro artifício, definitivo.
meu coração é um entardecer de verão, numa cidadezinha à beira-mar. a brisa sopra, saiu a primeira estrela. Há moças na janela, rapazes pela praça, tules violetas sobre os montes onde o sol se pôs. a lua cheia brotou do mar. os apaixonados suspiram. e se apaixonam ainda mais.
meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.
meu coração é um bar de uma única mesa, debruçado sobre a qual um único bêbado bebe um único copo de bourbon, contemplado por um único garçom. ao fundo, Tom Waits geme um único verso arranhado. rouco, louco.
meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. quem dele provar, será feliz para sempre.
meu coração é uma sala inglesa com paredes cobertas por papel de florzinhas miúdas. Lareira acesa, poltronas fundas, macias, quadros com gramados verdes e casas pacíficas cobertas de hera. sobre a renda branca da toalha de mesa, o chá repousa em porcelana da China. no livro aberto ao lado, alguém sublinhou um verso de Sylvia Plath: "im too pure for you or anyone". não há ninguém nessa sala de janelas fechadas.
meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. a platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.
meu coração é um cálice de cristal puríssimo transbordante de licor de strega. flambado, dourado. pode-se ter visões, anunciações, pressentimentos, ver rostos e paisagens dançando nessa chama azul de ouro.
meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.
meu coração é uma planta carnívora morta de fome.
meu coração é uma velha carpideira portuguesa, coberta de preto, cantando um fado lento e cheia de gemidos - ai de mim! ai, ai de mim!
meu coração é um poço de mel, no centro de um jardim encantado, alimentando beija-flores que, depois de prová-lo, transformam-se magicamente em cavalos brancos alados que voam para longe, em direção à estrela Veja. levam junto quem me ama, me levam junto também.
faquir involuntário, cascata de champanha, púrpura rosa do Cairo, sapato de sola furada, verso de Mário Quintana, vitrina vazia, navalha afiada, figo maduro, papel crepom, cão uivando pra lua, ruína, simulacro, varinha de incenso. acesa, aceso - vasto, vivo: meu coração teu."
(Caio F. Abreu)
"Era quando sentia o vento fresco balançar os cílios. E um sopro ouriçar os pêlos. Passeava pelos cinco sentidos e fazia desejos:
para a cabeça: brisa. para o nariz: beijo na ponta. para os ouvidos: música. para os olhos: estrelas. para a boca: prazeres. para os cabelos: descabelo. para o pescoço: cheiros. para o peito: aconchego. para as mãos: entrelaços. para a barriga: borboletas. para o quadril: ginga. para os joelhos: força. para os pés: nuvens.
Depois era só fechar os olhos."
para a cabeça: brisa. para o nariz: beijo na ponta. para os ouvidos: música. para os olhos: estrelas. para a boca: prazeres. para os cabelos: descabelo. para o pescoço: cheiros. para o peito: aconchego. para as mãos: entrelaços. para a barriga: borboletas. para o quadril: ginga. para os joelhos: força. para os pés: nuvens.
Depois era só fechar os olhos."
"Delicada, carrega uma vontade enorme nas mãos, e todos os sentimentos do mundo. determinação e curiosidade nunca faltam, nem mesmo quando a preguiça insiste em ficar. leva o arco-íris em cada fio de cabelo e nos olhos, tudo o que cintilar. tem medo de reviravoltas muito bruscas, mas coragem suficiente para enfrentá-las. gosta de vermelho, roxo, cores, rimas, brisa fresca, sombra, música, violão, flores, arte, cinema, abraço, cheiros e tudo mais que provoca arrepios. procura sempre pela próxima poesia que a espera na esquina. e, quando encontra com si mesma, escreve. e como escreve. se entrega nas menores coisas, aprendeu que é assim que se descobre os pequenos prazeres. se preocupa um tanto com o futuro, mas não esquece que ele depende do agora. fica por demais feliz quando consegue levar alegria a alguém. cultiva jardins secretos e colhe bem-me-quer. algumas vezes, tem nuvens demais nos pés. gosta de descansar do chão. é muito mais chegadas que partidas, muito mais lua que sol. tem dias que amanhece urgências e inaugura noites. se equilibra na linha tênue, sem perder o compasso. leva uma certeza no bolso: guardar o tempo, ajuda a traçar o contorno da vida."
"Tem dor que vira companhia. Olhando de perto, faz tempo que deixou de doer, só tem fama, mas a gente não solta. Quem sabe, pelo receio de não saber o que fazer com o espaço, às vezes grande, que ficará desocupado se ela sair de cena. Vazio é também terreno fértil para novos florescimentos, mas costuma causar um medo inacreditável.
Quando, finalmente, criou coragem e deixou de dar casa, comida e roupa lavada para a tal dor, ela desapareceu."
Quando, finalmente, criou coragem e deixou de dar casa, comida e roupa lavada para a tal dor, ela desapareceu."
(Ana Jácomo)
"Somos assim. Sonhamos o vôo, mas tememos as alturas. Para voar é preciso amar o vazio. Porque o vôo só acontece se houver o vazio. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o vôo por gaiolas.
As gaiolas são o lugar onde as certezas moram. É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que se as portas das gaiolas estivessem abertas eles voariam.A verdade é o oposto.
Os homens preferem as gaiolas ao vôo. São eles mesmos que constroem as gaiolas onde passarão as suas vidas."
(Rubem alves)
As gaiolas são o lugar onde as certezas moram. É um engano pensar que os homens seriam livres se pudessem, que eles não são livres porque um estranho os engaiolou, que se as portas das gaiolas estivessem abertas eles voariam.A verdade é o oposto.
Os homens preferem as gaiolas ao vôo. São eles mesmos que constroem as gaiolas onde passarão as suas vidas."
(Rubem alves)
"Costumamos esquecer que não podemos impedir a mudança: tudo dança a coreografia sábia e implacável da impermanência. Mas a música daquilo que verdadeiramente nos toca com amor, não importa o quanto tudo mude - e tudo muda -, não deixa nunca mais de tocar e viver, de algum jeito, no nosso coração."
(Ana Jácomo)
"Há pessoas que têm alguns talentos iguais aos meus, mas a natureza de ninguém se compara a minha. Por essa razão, tudo que sai de mim é meu de verdade, porque eu sozinha fiz a escolha.
Sou dona de tudo o que diz respeito a mim. Meu corpo, inclusive tudo o que ele faz; minha mente e inclusive todos os seus pensamentos e idéias. Meus olhos, inclusive as imagens de tudo o que contemplam. Meus sentimentos, seja quais forem, raiva, alegria, frustração, amor, desengano, excitação. Minha boca e todas as palavras que dela provém, gentis, doces ou ásperas, próprias ou impróprias; Minha voz, ruidosa ou suave; e todas as minhas atitudes, com os outros ou comigo mesma. Sou dona de minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças, meus temores. Sou dona de todos os meus triunfos e sucessos, de todos os meus fracassos e erros. Porque sou dona de mim, sei o que se passa em meu íntimo. Então, gosto de mim e sou afetuosa comigo em tudo que me diz respeito. Desse modo, possibilito a mim trabalhar como um todo para o meu bem. Sei que há em mim alguns aspectos que não conheço, mas enquanto eu for terna e afetuosa comigo mesma, poderei com coragem e esperança, procurar soluções para os enigmas e meios de descobrir mais sobre mim. Seja como for que eu pareça e me comporte, o que quer que diga e faça, pense e sinta em dado momento, tudo isso sou eu. É autêntico e representa onde estou neste exato momento. Quando mais tarde recordo como pareci e me comportei, o que disse e fiz e pensei e senti, talvez algumas partes revelem-se inadequadas... Jogo fora o que não me serve, guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.
Vejo, ouço, sinto, penso, falo e faço. Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros, para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim. Sou dona de mim!"
Sou dona de tudo o que diz respeito a mim. Meu corpo, inclusive tudo o que ele faz; minha mente e inclusive todos os seus pensamentos e idéias. Meus olhos, inclusive as imagens de tudo o que contemplam. Meus sentimentos, seja quais forem, raiva, alegria, frustração, amor, desengano, excitação. Minha boca e todas as palavras que dela provém, gentis, doces ou ásperas, próprias ou impróprias; Minha voz, ruidosa ou suave; e todas as minhas atitudes, com os outros ou comigo mesma. Sou dona de minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças, meus temores. Sou dona de todos os meus triunfos e sucessos, de todos os meus fracassos e erros. Porque sou dona de mim, sei o que se passa em meu íntimo. Então, gosto de mim e sou afetuosa comigo em tudo que me diz respeito. Desse modo, possibilito a mim trabalhar como um todo para o meu bem. Sei que há em mim alguns aspectos que não conheço, mas enquanto eu for terna e afetuosa comigo mesma, poderei com coragem e esperança, procurar soluções para os enigmas e meios de descobrir mais sobre mim. Seja como for que eu pareça e me comporte, o que quer que diga e faça, pense e sinta em dado momento, tudo isso sou eu. É autêntico e representa onde estou neste exato momento. Quando mais tarde recordo como pareci e me comportei, o que disse e fiz e pensei e senti, talvez algumas partes revelem-se inadequadas... Jogo fora o que não me serve, guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.
Vejo, ouço, sinto, penso, falo e faço. Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros, para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim. Sou dona de mim!"
"Não voltaria um único dia na minha vida, e lembranças boas é o que não me faltam... Não voltaria ao dia de ontem – e ontem eu era mais jovem do que hoje, ontem eu era mais romântica do que hoje, ontem eu nem tinha pensado em escrever esta crônica, ontem faz mil anos. Não tenho saudades de mim com menos celulite, não tenho saudades de mim mais sonhadora. Não voltaria no tempo para consertar meus erros, não voltaria para a inocência que eu tinha – e tenho ainda. Terei saudades da ingenuidade que nunca perdi? Não tenho saudades nem de um minuto atrás. Tudo o que eu fui prossegue em mim."
"Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca. Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve. Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia. Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado. Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas. Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego. Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito. Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada."
(Fabrício Carpinejar)
"Consegui me desfazer de muitas coisas: papéis, roupas velhas, bichos de pelúcia, sapatos, bolsas. Fiz a minha faxina... Descobri que não tenho apego ao material. Me desfaço de fotos, trapos, panos e trecos com facilidade. Mas não sei me desfazer de lembranças. Por isso, elas ficam pra sempre comigo."
(Clarissa Corrêa)
"Eu não quero viver como se sobrevivesse a cada dia que passo sozinha. Não quero andar como se procurasse meu complemento em cada olhar vago. Eu acho que mereço mais que isso por tudo o que eu sei que posso fazer por alguém. E fico só esperando, na surpresa do dia que eu desencanar de esperar, um par de olhos que me faça ficar sem nenhuma palavra, nada além de dois olhos se enlaçando quatro. Nessa multidão de amores, sozinho é aquele que não espera."
(Verônica H.)
"Estou naqueles momentos silenciosos em que pouca coisa parece fazer sentido. Sigo a vida conforme o roteiro, sou quase normal por fora, pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba dentro da bolsa. Eu quero mais que isso. Quero o que não vejo. Quero o que não entendo. Quero muito e quero sem fim. Não cresci pra viver mais ou menos, nasci com dois pares de asas, vou aonde eu me levar. Por isso, não me venha com superfícies, nada raso me satisfaz. Eu quero é o mergulho. Entrar de roupa e tudo no infinito que é a vida. E rezar – se ainda acreditar – pra sair ainda bem melhor do outro lado de lá."
"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."
(Clarice Lispector)
"Há pessoas que nos fazem voar. A gente se encontra com elas e leva um bruta susto (…) elas nos surpreendem e nos descobrimos mais selvagens, mais bonitos, mais leves, com uma vontade incrível de subir até as alturas, saltando de penhascos… Outras, ao contrário, nos fazem pesados e graves. Pés fincados no chão, sem leveza, incapazes de passos de dança. Quanto mais a gente convive com elas mais pesados ficamos.."
(Rubem Alves)
"Desejo que o seu melhor sorriso, esse aí tão lindo, aconteça incontáveis vezes pelo caminho. Que cada um deles crie mais espaço em você. Que cada um deles cure um pouco mais o que ainda lhe dói. Que cada um deles cante uma luz que, mesmo que ninguém perceba, amacie um bocadinho as durezas do mundo."
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Eu?
- Vanessa Plakitqen.
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- Pessoa inteira, esquisita, taurina, grande pelo que já vivi, baixinha de altura :p, singular, disciplinada, criativa, navegante de caminhos inóspitos, ser amigável, inquieta, tatuada, fala palavrão. Misteriosa, forte, dominadora e ciumenta. Tenho defeitos que considero indispensáveis e um olhar blasé. Já usei piercing, gosto de rock'n'roll e odeio preconteito. Sou multicolorida, preto no branco, excêntrica, desajustada, questionadora, com sede de conhecimento, estudante de psicologia e enfermagem. “sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher... sou minha, só minha”. Como toda pessoa interessante eu sou uma mulher cheia de contradições. Sou meu milagre cotidiano.
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Para lembrar: O Plágio é crime e está previsto na lei nº 9610 sobre direitos autorais. :)
(Textos sem créditos, ou são meus ou não encontrei a autoria. Se você souber de quem é, ou se algum estiver errado. Por favor me avise para arrumar!)
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